terça-feira, 6 de novembro de 2012

A coragem de assumir...


Imagem da net


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Clarice Lispector


Umas vezes com a vã esperança de que o destinatário das nossas palavras consiga ler o que não tivemos coragem de dizer.
 
Outras vezes, porque precisamos de ler o que a mente não tem coragem de assumir.
 
Ou, apenas e tão só, porque precisamos de desabafar... esperando que alguém nos ouça! Porque a vontade de desistir é, muitas vezes, enorme...

Mas, bem lá no fundo, debate-se a esperança da mudança contra a certeza de não conseguir alterar coisa nenhuma.
 
A música de hoje é uma das minhas preferidas. Porque os sentimentos só assustam quando não estamos preparados para eles. E, inevitavelmente, fugimos com a desculpa de que não gostamos do que vimos quando bem lá no íntimo...
 
 
Eis a coragem suprema: assumir o que verdadeiramente sentimos.
 
 

3 comentários:

Afrodite disse...

Todos nós temos momentos de incerteza, momentos em que não conseguimos tomar uma decisão ou momentos em que o nosso lado racional não quer assumir o que o nosso lado emocional deseja.

Escrever dá-nos uma coisa: ajuda-nos a perspectivar os nossos pensamentos como se fossem de outrem... e o eco dessas palavras (muitas vezes com a ajuda dos comentários que nos deixam) acaba por clarificar esses pensamentos.

(Sai bem mais barato do que ir a uma consulta ao psicanalista!)
hehehe


Bom dia NI!
Um beijinho.
(^^)

PS: o tema musical é lindo... mais do que isso... lembra-nos que também temos dentro de nós esta dualidade... uma "beauty" e um "beast"!

AC disse...

Eu escrevo porque é uma forma de desabafar, de soltar os meus medos raiva, ou alegrias, encontros e desencontros.. Pela escrita exorcizo o que me vai na alma e sigo mais aliviada. Há quem dê murros ou faça má cara eu procuro esta forma.

S* disse...

O importante é sermos sinceros connosco.

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso