quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O que a vida me ensinou...


Imagem da net


" Não te julgues um “incompreendido”, porque todos o somos. Dizeres-te incompreendido é supores-te privilegiado, com direito à compreensão alheia. Não te digas incompreendido. Vê antes se te compreendes a ti."
Virgílio Ferreira, in Pensar

 
A necessidade que eu sempre tive de encontrar fundamentos e razões para tudo o que me acontece impede-me, muitas vezes, de relativizar o que é, de facto, importante e de fechar capítulos na minha vida.
 
 
Quem me conhece sabe que me entrego por inteira a tudo o que faço, vivo e sinto. Talvez por isso sinta as perdas de uma forma peculiar.
 
 
Mas, uma coisa é perder.. Outra coisa, bem diferente, é tentar encontrar razões e fundamentos quando não existem. A vida demonstra-nos que muitas coisas acontecem só porque têm de acontecer. Independentemente de contribuirmos, ou não, para um determinado resultado.
 
 
Nesta viagem pela minha própria incompreensão da vida cheguei à conclusão que por muito que façamos há sempre o incerto e o imponderável. Variantes para as quais não há justificação pelo que mais importante do que saber porque perdemos é saber e assumir que perdemos. Sem drama. Sem subterfúgios.
 
 
Quiçá, por pura ironia, se conclua que enquanto perdedores saímos vencedores na arte de viver a vida de forma intensa.
 
 
Sofro com as perdas? Claro que sim. Mas não tenho que me envergonhar por viver de forma intensa os meus afectos e as minhas emoções, porque é essência daquilo que sou. É isso que me individualiza enquanto ser humano.
 
 
E a música tem que ser esta....
 
 
*

1 comentário:

AC disse...

A perda é sempre dolorosa, é uma dor imensa.Nem sempre há culpados, nem sempre as razões são claras. Muitas coisa acontecem só porque sim, porque o destino põe-nos à prova todos os dias e ri-se de mansinho de nos ver perdidos e magoados.. há que prosseguir.

É sempre um imenso prazer ler-te.

Beijo*

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso